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Olinda

VEREADORES REPUDIAM “AÇÃO SOCIAL DIRECIONADA” DO SHOPPING PATTEO

Era pra ser uma ação que resultasse dividendos positivos para a imagem do Shopping Patteo. Mas a falta de critérios na escolha da entidade beneficiada com a entrega de material escolar – arrecadado a partir de doações de clientes – à Ong Associação Nossa Voz se transformou em um tiro no pé para o centro de compras. Pela manhã, a repercussão negativa continuou, desta vez na Câmara de Vereadores.

Ignorando o estrago que a divulgação do episódio já havia causado à imagem do shopping, o vereador Algério Nossa Voz, único beneficiado com a doação, ainda botou mais “lenha na fogueira” ao apresentar “Voto de Aplauso” para o mall. Foi o suficiente para que os vereadores Marcelo Soares, Graça Fonseca e Misael Prestanista se manifestassem contra a homenagem.

Normalmente, o chamado “Voto de Aplauso” é o tipo de proposição aprovada por unanimidade. Mas, neste caso, os parlamentares dissidentes fizeram questão de votar contra. “O Shopping foi no mínimo preguiçoso ao entregar todo material arrecadado a uma única entidade que já é beneficiada por diversos convênios. Várias instituições mais necessitadas poderiam ter sido contactadas”, disparou o vereador Marcelo Soares.

COMBINAÇÃO EXPLOSIVA – Misturar ação social com assistencialismo político só poderia resultar em problemas. Ainda mais considerando-se que o material arrecadado veio de terceiros, no caso, clientes do shopping que, de boa fé, compraram livros, cadernos, lápis, canetas etc, com o objetivo de apenas ajudar crianças carentes.

Quem doou sentiu-se enganado, traído pelo Shopping Patteo. Pois ninguém disse aos doadores que o material iria beneficiar uma instituição ligada a um político. Fica difícil entender como o Shopping Patteo entrou numa encruzilhada dessas.

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