Música, gatos, cachorros, comidas, danças… Imagine tudo isso reunido em um aplicativo, quase sempre buscando uma forma humorada de retratar. Assim é o TikTok, uma das sensações da internet em 2019 e que promete cair ainda mais no gosto dos brasileiros em 2020.
Com mais de 1 bilhão de usuários ativos atualmente, a ferramenta foi mais baixada que o Facebook e Instagram no ano passado, reunindo temas diversos em apenas 15 segundos.
Desenvolvido na China, o aplicativo surgiu em 2016 como Douyin, tanto para Android e iOS. Depois, como Musica.ly, foi comprado pela empresa ByteDance em 2017, publicando o aplicativo como TikTok globalmente, utilizando formato atual.
Com vídeos em sua maioria até 15 segundos, o aplicativo reúne um público jovem (de 13 a 24 anos) e diversos recursos que vieram a ser replicados pelo Instagram posteriormente. Nele, o usuário possui ferramentas de edição e efeitos de tela, além de poder fazer dublagens e adicionar música aos seus vídeos.
VIRALIZOU – A variedade de recursos visuais e sonoros faz com que qualquer um tenha ao alcance das mãos a possibilidade de criar conteúdos diferentes e com chances de muita audiência, pois há vídeos com dezenas ou até centenas de milhares de visualizações. Os temas são variados e, principalmente, voltados ao entretenimento.
O sucesso no TikTok veio também para uma dupla de irmãos recifenses. André Feitoza, 29, e Peu Feitoza, 24, criaram em 2016 uma conta no Instagram chamada “Se Liga nos 15”, buscando produzir vídeos para os stories e feed. Porém, logo a migração para o TikTok veio, e o sucesso também.
Com mais de 300 mil seguidores na nova rede social, eles apresentam situações engraçadas do cotidiano, daquelas que todos nós já passamos ao menos uma vez na vida.
INSTANTÂNEO – “As pessoas hoje querem conteúdo instantâneo, não querem virar o celular na horizontal para ver um vídeo. Por isso que o TikTok é tão interessante”, afirma o engenheiro e geólogo André Feitoza, conhecido como Deko Feitoza nas redes sociais.
“Você tem que estar lá dentro, tem que surfar a onda para entender o aplicativo. Tem que fazer alguma coisa, alguma habilidade, fazer uma receita. Ensinar também é fantástico”, completa André.
Os dois, inclusive, já ganharam workshops e parcerias pagas pelo próprio TikTok, ajudando a aprimorar os conteúdos não somente no aplicativo, mas também refletindo no que é feito com o Instagram também.
Para outros analistas e produtores de conteúdo, o momento é favorável no Brasil. “Esse é um momento favorável para entrar na rede social e aproveitar a onda que ainda está chegando no Brasil. Porque quando ela estiver em alta, aqueles que já estiverem com conteúdo de qualidade produzido estará à frente de grandes nomes e com o nicho conquistado.”, afirma o diretor da agência Unu Digital e fundador do Digaí, Felipe Pereira.
POLÊMICA – O estilo irreverente e a união entre música e vídeo também influenciaram outros recursos em outras redes sociais. O Instagram, por exemplo, lançou em 2019 a função “Cenas”, reunindo também filtros e a criação de mais conteúdo de entretenimento.
No entanto, a ByteDance também esteve envolvida em polêmicas no ano passado. Em novembro, uma empresa israelense afirmou que o aplicativo era vulnerável a hackers em termos de manipulação de dados.
Fonte: Folhape