A Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) vem encontrando um verdadeiro tesouro arqueológico nas escavações que tem feito para a realização de obras de melhoria do abastecimento de água no Sítio Histórico de Olinda. São ornatos arquitetônicos, louças, azulejos e moedas do século 19. Uma equipe de arqueólogos acompanha todo trabalho, seguindo a orientação técnica do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
O trabalho também inclui atividades de educação patrimonial junto à população das áreas diretamente impactadas com a obra. Até o final de dezembro, a Compesa prevê a implantação de 25 quilômetros de rede distribuição de água nos bairros do Monte, Guadalupe, Bonsucesso, Amaro Branco, Carmo, Varadouro, Santa Tereza e parte dos Bultrins.
Graças ao estudo preventivo, o acompanhamento das frentes de serviços no Sítio Histórico de Olinda está possibilitando diminuir os impactos de perda de informações e de identificação desses artefatos, além de salvaguardar essas peças arqueológicas.
“Precisamos acompanhar as áreas de intervenção da obra para verificar a existência de vestígios materiais, todos os dias, sempre que houver abertura de valas”, explica a arqueóloga Gleyce Lopes, informando que um dos requisitos para se executar a obra foi a elaboração do Projeto de Avaliação de Impacto ao Patrimônio Arqueológico.
Todos os materiais encontrados e coletados durante a obra do Olinda+Água no Sítio Histórico de Olinda pertencem à União – conforme disposto legal Art.175 da Constituição Federal – e ficarão sob guarda da Secretária de Patrimônio, Turismo e Cultura de Olinda (Sepac).