logo

share

FALOW & DISSE! – “SEM O DERRADEIRO DIREITO DE DEFESA!” – Kildare Johnson

Senhoras e Senhores observadores,

Quem acompanha esta coluna, sabe que costumo escrever procurando, ainda que com um pouco de “acidez”, dar uma pitada de descontração e até humor nos textos. Mas hoje apenas lhes trago um misto de muita tristeza, impotência e grande indignação.

Constantemente nos chegam notícias de mortes violentas, assassinatos “gratuitos”, brutais e banais, vitimando pessoas comuns, trabalhadores, gente honesta, o que nos traz, inicialmente, uma incômoda sensação de insegurança.

O tempo flui, algumas vezes aparecem os autores, normalmente com os “de menor” no meio do bando, que legalmente NÃO cometem crimes e sim “atos infracionais”, cuja pena máxima é de TRÊS anos, permanecendo intocáveis, assim como eles, os BONS antecedentes já que esses DESGRAÇADOS, perante a lei, NÃO são criminosos, trazendo mais indignação, pois tudo fica bem, à exceção da DOR dos parentes, colegas e amigos das vitimas que tiveram seus sonhos interrompidos por esses VAGABUNDOS!

Nos chocamos, comentamos com outras pessoas, mas, nem de longe, ventilamos a possibilidade de sermos atingidos ou alguém da nossa família. Infelizmente, no último dia 30 de julho, entramos para essa cruel estatística.

Me refiro à barbárie cometida covardemente com Nathalia, veterinária integrante da nossa família, que contava apenas 34 anos. Uma criatura doce, sorridente, comprometida com seu trabalho, amando a nova etapa, realizando o desejo de trabalhar com aves, plena de alegria e sempre pronta a nos dar orientações sobre nossos “filhos” de quatro patas. Uma lástima, uma perda irreparável, uma vida perdida, um vazio em troca de absolutamente nada!

É preciso que tenhamos as respostas para as seguintes perguntas: Quem fez essa brutalidade? Em breve se descobrirá, mas se deve procurar saber também: De quem é a culpa, é do Estado, do estado que favoreceu a ação dos bandidos ou de ambos?

Uma coisa é inegável: Se os BANDIDOS tivessem dúvida se Nathalia ou qualquer cidadão que transite por estradas perigosas, portasse uma arma de fogo para defesa própria, a ousadia desses MARGINAIS, mesmo os “de menor” que, por incrível que pareça, raciocinam, não seriam tão ousados assim.

Tenho amigos que dizem andar armados, quando vão para locais inseguros, pois só assim se sentem mais protegidos e acrescentam: “É preferível, tomar mil vezes, um processo por porte ilegal, do que ser morto sem ter o DERRADEIRO DIREITO DE DEFESA!” Eu não ouso discordar. Alguém?

Kildare Johnson – Mediador Judicial – Árbitro – Palestrante motivacional. Escreve aos domingos no Observatório de Olinda.

logo