logo

share

PT ADMITE “ONDA EVANGÉLICA” PRÓ BOLSONARO E DERROTA NO 1º TURNO

A vitória de Donald Trump não foi detectada pelos institutos de pesquisas nos Estados Unidos e surpreendeu muita gente. Mas, aqui no Brasil, o movimento a favor da candidatura de Jair Bolsonaro parece que já não pode mais ser ignorado, nem mesmo pelo PT. Ontem (02), o comando da campanha de Fernando Haddad entrou em pânico com novos números de pesquisas e já admite até mesmo a possibilidade de uma vitória do capitão do Exército no primeiro turno.

Levantamentos do próprio PT identificaram uma “onda evangélica” – incluindo cristãos católicos e espíritas também – que se concretizou contra Haddad, defensor das teses da “ideologia de gênero”, legalização do aborto, kit gay para as crianças e do casamento entre pessoas do mesmo sexo, entre outras doutrinas que colidem frontalmente com os valores cristãos.

Os marqueteiros do PT afirmam que, para tentar evitar a derrota já no domingo (07), o candidato precisa reforçar o canal direto com o eleitor mais pobre.

Em reunião ontem (02), em São Paulo, os petistas se debruçaram sobre pesquisas e identificaram um crescimento do apoio a Bolsonaro, principalmente entre eleitoras mulheres, pobres e evangélicas, que ganham até um salário mínimo.

PASTORES – Os resultados alarmaram o QG petista. Na avaliação deles, o último fim de semana de setembro marcou a entrada definitiva de líderes evangélicos na campanha presidencial, o que pode ter alimentado o sentimento anti-PT e as intenções de voto a favor de Bolsonaro.

No domingo (30), o bispo Edir Macedo, que comanda a Igreja Universal do Reino de Deus, declarou apoio ao capitão reformado. Ontem (02), foi a vez do presidente emérito da Assembleia de Deus, pastor José Wellington, anunciar voto em Bolsonaro.

Na opinião de auxiliares de Haddad, o movimento pode provocar um efeito cascata em outras denominações, que devem orientar o voto dos fiéis durante os cultos, por exemplo.

De acordo com o Datafolha divulgado segunda-feira (01), Bolsonaro subiu quatro pontos desde a semana passado e chegou a 32%, seguido por Haddad, que tinha 22% e agora aparece com 21%. Em um eventual segundo turno, os dois estão tecnicamente empatados: Bolsonaro cresceu de 39% para 44% e Haddad oscilou de 45% para 42%. A rejeição do petista, porém, disparou de 32% para 41%, ante 45% do candidato do PSL.

A campanha petista teme que a tendência de queda entre o eleitorado mais pobre, somada ao crescente antipetismo, coloque mais combustível na sensação de que Bolsonaro pode vencer no primeiro turno, impulsionando o voto útil anti-PT.

Esses eleitores poderiam sair de Geraldo Alckmin (PSDB), Marina Silva (Rede), João Amoêdo (Novo), Alvaro Dias (Podemos) e Henrique Meirelles (MDB), por exemplo, que, juntos, hoje somam cerca de 20%.

Com informações da Folhapress.

logo