Os quase 50 anos de vivência na política brasileira certamente ajudaram o ex-prefeito de Olinda José Arnaldo Amaral a “profetizar” o fim da relação entre o presidente Jair Bolsonaro e o Partido Social Liberal (PSL), logo após o vazamento dos áudios com a discussão – em baixíssimo nível – do presidente nacional do PSL e deputado federal, Luciano Bivar, e Zuza Monteiro, irmão do presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), ministro José Múcio Monteiro.
Ontem (08), um vídeo com fala do presidente Bolsonaro viralizou após ele dizer a um militante para “esquecer o PSL“. E acrescentou: “Oh, cara, não divulga isso, não (o vídeo). O cara (Bivar) está queimado para caramba lá (em Pernambuco). Vai queimar o meu filme também. Esquece esse cara, esquece o partido“, disse.
No domingo (06), após a repercussão dos áudios vazados – o ex-prefeito José Arnaldo já havia se manifestado a respeito dos “descaminhos” do PSL – inclusive em Olinda – e afirmou que se desfiliaria do partido.
“O PSL poderia ter sido o principal instrumento de sustentação política do novo e modelar governo (Bolsonaro), que fará nosso PAÍS voltar ao futuro. Mas as suspeitas de falcatruas como as “candidatas laranjas” e as nebulosas negociações com o grupo de Bivar, pelo próprio, em nossa Mágica Marín Guerreira – e mais a recente semvergonhice (áudios), levaram me a entornar o caldo da reflexão que vinha fazendo para me manter no partido e estarei requerendo desfiliação”, disse.
Pelo visto, parece que José Arnaldo não será o único a deixar o barco. E se o presidente Bolsonaro anunciar realmente a saída, como já se cogita há algum tempo, o PSL voltará a ser apenas o partido nanico de sempre, deixando o status de segunda maior bancada do Congresso Nacional.
Sem a “grife Bolsonaro” centenas de “inexpressivos oportunistas parasitários“, que hoje se abrigam no PSL na vã tentativa de “colar na imagem ao presidente”, perderão a razão de existir e simplesmente desaparecerão. Quando isto acontecer, será um grande bem à Nação Brasileira.
