O Ano Novo deve ter sido comemorado com mais “entusiasmo” pela Associação Nossa Voz em Ação, organização não-governamental (Ong) ligada ao vereador Algério Nossa Voz. É que logo no dia 02 de janeiro, a entidade assinou contrato de R$ 480.000,00 (quatrocentos e oitenta mil reais) com a Prefeitura de Olinda para prestar “Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos” a crianças da Ong.
Sem querer entrar no mérito da “legalidade” do ato, o convênio que mistura dinheiro público com uma associação que trabalha exclusivamente para promover eleitoralmente um vereador não deixa de ser algo “moralmente suspeito”. É praticamente um “financiamento público de campanha” com os impostos do povo de Olinda.
O convênio causou ciumeira em outros vereadores, que não têm Ongs como “Máquinas de Fazer Votos”. Em off, eles se queixaram do prefeito. “Não acredito que Lupércio esteja sabendo dessa armação. Na prática, a Prefeitura está oficializando a compra de votos para Algério. Isso desequilibra a eleição”, reclamou um governista que agora ameaça se rebelar contra Lupa.
NOSSA VOZ – Diante do atual cenário político brasileiro, seria prudente que esta relação promíscua entre prefeitura e vereador fosse evitada com a suspensão do contrato, que utiliza recursos do Fundo Municipal da Assistência Social e do Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Olinda.
Ainda mais “estranho” nessa história é o fato de o convênio não ter sido assinado pelo presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Olinda, Jadilson Vieira Gomes. No local de sua firma, consta apenas uma rubrica ilegível.
Bem que o Ministério Público de Pernambuco poderia dar uma olhadinha neste contrato. Pode ser até “legal”, mas é imoral. E fede!!!