Após assembleia realizada na manhã de hoje (20) os funcionários efetivos da Prefeitura Municipal de Olinda (PMO) decidiram entrar em greve por tempo indeterminado. A paralisação é uma resposta ao posicionamento do prefeito Lupércio que já avisou que não pretende reajustar os salários dos trabalhadores este ano.
“Não tivemos aumento em 2016. A reposição das perdas com a inflação é de 17,68%, mas o prefeito oferece 0%. A categoria não aceita. Por isso estamos em greve”, afirmou o presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Olinda (Sismo) José Alris da Silva.
De acordo com ele, para não conceder o aumento a PMO alega que já está no limite estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) para gastos com o funcionalismo. O sindicalista lembra, porém, que o prefeito tem abusado na contratação de cargos comissionados e trabalhadores terceirizados.
VALE COXINHA – “Desvaloriza o servidor efetivo, que sempre tem ficado em último plano. Lupércio repete a receita de Renildo ao não priorizar o funcionalismo”, desabafou. Alris disse também que o único benefício oferecido pelo Poder Executivo foi o aumento do ticket alimentação, que passaria de R$ 10,00 para R$ 12,00 – chamado pelos servidores de “vale coxinha”.
Amanhã equipes do Sismo distribuídas em quatro veículos percorrerão os principais órgãos e secretarias da prefeitura para informar o resultado da assembleia e convocar os trabalhadores para uma nova reunião na próxima segunda-feira (26) pela manhã, em frente à Secretaria de Administração, no Varadouro.
“Já soubemos que os chefes estão ameaçando colocar falta nos trabalhadores que exerçam o seu direito de greve. O sindicato está atento a esta tentativa de intimidação e não vai permitir que este tipo de abuso ocorra contra os servidores”, avisou o sindicalista.