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Entramos em 2022 e a incógnita sobre o Carnaval permanece, em Pernambuco e em Olinda. O governador Paulo Câmara (PSB), comprometido até o pescoço com a “indú$tria cultural”, não se posiciona sobre o assunto. O prefeito Lupércio (SD), que poderia (e deveria) determinar que a cidade não realizasse a festa, também permanece em silêncio.
O que a população não compreendeu bem foi a proibição do Réveillon nas praias de Olinda – um espaço aberto e bem arejado. “Não teve festa na noite de 31 de dezembro. Mas na manhã do dia 01 de janeiro a praia estava lotada. Sinceramente não deu para entender. Será que o vírus só ataca na “virada do ano?” E o Carnaval, como será? Por que não se resolveu nada até agora?”, questionou o corretor de imóveis Carlos Roque.
Enquanto políticos ficam empurrando a questão com a barriga, cientistas são unanimes em declarar os riscos de novos surtos de covid-19 a partir de aglomerações. Em várias regiões do mundo onde houve afrouxamento das normas sanitárias, a tal “variante ômicron” se espalha rapidamente, provocando recordes diários de infectados em países como França, Portugal, Alemanha, Inglaterra e Estados Unidos.
“Vou dizer uma coisa: Juntar Carnaval com a variante do coronavírus (ômicron) e essa cepa nova da gripe (H3N2) será um crime, um verdadeiro ato de genocídio, que, cedo ou tarde, recairá sobre a consciência daqueles que permitirem esse absurdo”, resumiu a servidora pública Marlete Constantino.
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