A figura mais importante na vitória de Jair Bolsonaro para Presidência da República é o Povo Brasileiro. Foi o povo – e não um partido político ou o apoio de velhas raposas ávidas por cargos e dinheiro – quem deu a incontestável vitória ao Capitão nas urnas. Mas há de se destacar nomes de alguns soldados que começaram a luta tempos atrás, quando praticamente ninguém acreditava no projeto.
Reconheça-se primeiro o presidente nacional do PSL, deputado federal Luciano Bivar, que numa prova gigantesca de desprendimento abrigou Bolsonaro no partido e entregou a direção da agremiação a ele. A partir daí o presidente estadual do PSL, Marcos Amaral, passou a coordenar toda articulação em favor do Capitão em Pernambuco, com destaque para a formação, ainda no ano passado, do Grupo de Bolsonarista de Olinda, liderado localmente pelo ex-prefeito José Arnaldo.
Olinda, que até pouco tempo havia sido uma “cidade vermelha” (pós 16 anos de governos comunistas), voltou a pensar ideais republicanos com o trabalho de base realizado pelos Bolsonaristas locais.
“Nossa missão era ‘descomunistizar’ Olinda. Ou seja; livrar a nossa cidade do ranço arcaico desta ideologia e apresentar as proposta de Bolsonaro para o País”, lembra o empresário Kildare Johnson, integrante do grupo.
ENGAJAMENTO – Em um hotel da cidade o grupo se reunia sistematicamente para traçar estratégias e angariar apoios de empresários, profissionais liberais, militares, líderes comunitários, estudantes e qualquer pessoa que desejasse se engajar no projeto. Era um trabalho de “formiguinha” que foi crescendo dia a dia. E no primeiro turno Bolsonaro obteve mais de 40% dos votos válidos de Olinda.
A missão agora é garantir a sustentabilidade do governo. “Na condição de presidente do PSL-Olinda, junto com os demais dirigentes e nossos dedicados correligionários, teremos pela frente a tarefa de construir um partido de novo tipo, que não compre nem venda votos, e seja, em síntese, o principal instrumento de organização, conscientização, e mobilização social e política dos olindenses, na defesa intransigente dos direitos da população local”, sintetizou José Arnaldo.