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OLINDA RECEBE TURISTAS NO PORTAL DO INFERNO

Local de desembarque de 90% dos ônibus de turismo que chegam a Olinda, a Praça João Pessoa – nas proximidades do Fortim do Queijo, no bairro do Carmo – é uma espécie de “Portal do Inferno“. Ao descer dos ônibus os visitantes se deparam com uma uma mini favela, consumidores de drogas e álcool, dezenas de gatos de rua e uma praia imunda.

Este primeiro cenário, decadente e sujo, quebra todas as expectativas de quem sai de outros países para conhecer a Olinda colonial dos cartões postais. “É decepcionante. Muito feio”, resume o turista alemão Raidner Wagner, 67 anos, que integrava um grupo de visitantes europeus que chegou na sexta-feira (05).

A vergonha é maior para os guias dos receptivos. “A gente tenta passar o mínimo de tempo possível por aqui. É descer do ônibus, organizar o grupo e correr pra Praça do Carmo a fim de começar o passeio no Sítio Histórico. O problema é que a curiosidade para ir à praia termina levando alguns deles até a favelinha. A gente avisa que é perigoso, mas sempre alguém desobedece e vai olhar o mar”, diz um agente de viagens.

De acordo com ele, inúmeros pedidos das empresas de turismo já foram feitos à Prefeitura de Olinda para remoção das barracas do local, mas sem sucesso. “Pior é quando sobe o cheiro da maconha. A impressão é a pior possível. Por isso, a gente tem cada vez mais dificuldades para trazer grupos para cá. Infelizmente”, lamentou.

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