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OLINDA NÃO TEM MAIS REPRESENTANTE NA ASSEMBLEIA NEM NA CÂMARA FEDERAL

“A República é filha de Olinda”, diz o Hino de Pernambuco. Mas a velha Marim dos Caetés há muito deixou de ser uma cidade altiva politicamente. Ao contrário de municípios como Caruaru, Petrolina, Serra Talhada e até mesmo cidades menores como Santa Cruz do Capibaribe, Carpina ou Araripina, a Marim não terá nenhum representante “puro sangue” na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) ou na Câmara Federal, a partir do ano que vem.

Na atual legislatura, que começou em janeiro de 2015, Olinda tinha dois deputados estaduais: o Professor Lupércio – que depois foi eleito prefeito e deixou o cargo – e o empresário Ricardo Costa, que não conseguiu se reeleger. Em Brasília, Olinda ficou sendo representada pela ex-prefeita Luciana Santos, que agora foi eleita vice-governadora na chapa de Paulo Câmara.

Além de Ricardo Costa, fracassaram nas urnas também a esposa do prefeito Lupércio; Cláudia Cordeiro, Isabel Urquisa, Antonio Campos, André Siqueira e o ex-prefeito José Arnaldo. Os dois últimos tentavam vaga na Câmara dos Deputados, em Brasília.

ELEITOS – Antes que alguém atire as primeiras pedras no Observatório de Olinda, registre-se a eleição dos deputados federais Renildo Calheiros e Augusto Coutinho; e da deputada estadual Teresa Leitão, que de alguma forma possuem ligação com Olinda.

Os vínculos são frágeis, mas existem. Renildo é ex-prefeito (por obra e graça de Luciana Santos) e Augusto Coutinho é mais um “estrangeiro” que chegou aqui apenas por ser do mesmo partido do prefeito Lupércio. Ambos porém, não têm raízes com a cidade.

Já Teresa Leitão sempre foi muito mais uma representante dos trabalhadores da educação do que uma política realmente ligada a Olinda. A cada quatro anos ela vem à cidade, concorre à Prefeitura, perde a eleição, mas reforça seu nome para o pleito seguinte. Um mecanismo que, pelo menos até agora, deu certo.

O fato é que Renildo, Augusto Coutinho e Teresa Leitão são “deputados Nutela”. Forasteiros com alguns interesses na cidade. Mas que não os legitimam como representantes “raíz” da Marim dos Caetés.

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