Seja por sua topografia; seja pela ocupação desordenada dos rios, canais e alagados; seja pelo lixo jogado pelo próprio povo nos mananciais ou pelas obras que já deveriam ter sido concluídas e não terminam nunca. Por tudo isso, Olinda não resiste a um temporal como o que caiu ontem (13) na cidade.
Assim como o Recife, parte da Marim dos Caetés foi “tomada” dos mangues e canais, criminosamente aterrados, principalmente dos anos 1970 pra cá. O resultado é que quando a água vem ela procura o seu caminho natural e ele já não existe mais. Então ocorrem as enchentes que estamos habituado a ver.
Do Bairro Novo até Jardim Brasil e Aguazinha, o problema é o mesmo, afetando ricos e pobres. Obras como o revestimento do Canal do Fragoso, que poderiam amenizar o caos, infelizmente, se arrastam numa novela sem fim. O Canal da Malária fica mais estreito a cada dia, com novas casas dentro do seu leito.
Velhas e novas situações que agravam o caos. E diante deste drama, as maiores vítimas são os moradores que a cada chuvada perdem parte do patrimônio embaixo d’água. Até quando???
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