No último dia 20 de julho o mundo lembrou uma das maiores façanhas da história da humanidade: a chegada do homem à lua, em 1969. Olinda, cidade mágica e única em muitos aspectos no mundo, parece ter resolvido “comemorar” o feito de forma também inusitada, permitindo que todas as localidades da cidade apresentem alguma similaridade ao solo lunar, exibindo crateras e mais crateras por todo seu território.
Desde a beira-mar – onde as empresas-tatu Copergás e a Compesa escavacam a pista todo dia – até os mais longínquos altos da periferia, sem esquecer o sofrimento dos moradores do Sítio Histórico; há buracos de todas as forma, tamanhos e profundidades à disposição de todos.
Caso clássico de buraqueira sem fim é o trecho da Avenida Coronel Frederico Lundgren, em frente ao posto Ipiranga, em Rio Doce. Ali não tem asfalto que dê jeito. E desde a última chuvada inúmeros buracos ressurgiram na pista-sonrisal, obrigando a Prefeitura de Olinda a interditar a via, mais uma vez.
DESCOBRIDOR – Herança (maldita) da Era Comunista (Luciana/Renildo) a esculhambada Avenida Pedro Álvares Cabral, em Jardim Atlântico, também é outro exemplo de “solo lunar”, em Olinda. O prefeito Lupércio esteve recentemente por lá promovendo aquele “show pirotécnico” para assinatura de ordem de serviço para recapeamento, mas, por enquanto, foi só festa e foto. A bronca continua sem solução.
E assim é em TODOS os bairros da cidade. Diante da realidade cruel, melhor mesmo achar que a buraqueira é só uma homenagem aos 50 anos da chegada do homem à lua; e não o nosso atestado de incompetência, subdesenvolvimento e corrupção explícita.
Resiliência tem sido a palavra de ordem para quem não quer explodir de raiva por conta do descaso do poder público em todos os níveis.
Foto: Olinda Hoje – Barreira do Rosário, Guadalupe.