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Dois anos após o início da pandemia do Novo Coronavírus, uma nova variante, descoberta esta semana na África do Sul e já batizada como omicron, está deixando o planeta inteiro em estado de alerta novamente. As informações iniciais indicam alto grau de transmissibilidade e a capacidade de “driblar” o sistema imunológico humano, reduzindo a eficácia das vacinas.
Apesar disso, até o momento, o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), ainda não se pronunciou sobre o cancelamento do Carnaval. Autoridades sanitárias mundiais e do Brasil já se posicionaram contra a realização da festa – inclusive o secretário de Saúde estadual, André Longo.
Mesmo assim, o Governo do Estado segue cogitando a possibilidade de permitir que milhões de pessoas se aglomerem no meio das ruas para “brincar Carnaval”. Fosse o Brasil um país minimamente decente, o anúncio de cancelamento dos eventos já teria ocorrido há tempos.
IGREJA FECHA – Mas neste país “anárquico-tropical” – como bem definia o ex-governador Joaquim Francisco – tudo é possível. Até mesmo fechar igrejas e restaurantes, mas liberar o Galo da Madrugada para que milhares de foliões se contaminem e transmitam covid-19 nos dias seguintes ao Carnaval a amigos, familiares e outras vítimas desta irresponsabilidade.
Como 2022 é ano eleitoral, caso o governador e seu grupo político permitam este “ato genocida”, os sobreviventes deverão cobrar deles a responsabilidade sobre as mortes advindas da nova onda de covid nas eleições de outubro – caso a população seja autorizada a ir às ruas votar.
Quem viver, verá.
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