E o descaso com a saúde do povo pobre continua, em Pernambuco. E O que já é ruim pode ficar pior. Médicos que atendem na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Gregório Bezerra, na Cidade Tabajara, em Olinda, realizarão um protesto, a partir das 9h30, contra a ameaça de redução de quadro profissional que a direção da UPA tenta impor.
A mobilização é organizada pelo Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe) e tem o objetivo de informar à população sobre os danos e riscos desta decisão, considerada pelo entidade como “arbitrária” para a sociedade.
De acordo com o Simepe, a UPA da Cidade Tabajara é administrada pela Fundação Professor Martiniano Fernandes (IMIP Hospitalar), que ignora o grande volume de atendimentos e quer reduzir o número de plantonistas em 33%, o que resultará em mais tempo de espera para pacientes.
“Isto poderá causar mais riscos em casos de urgência, e sobrecarga de trabalho para a equipe. Não bastando esse cenário, os médicos também acabam sendo forçados pelas circunstâncias a se ausentem do plantão para realizar transferência de pacientes, já que o serviço não conta com esse profissional específico, sobrecarregando todo sistema”, diz a nota do Simepe.
Os médicos denunciam que, caso a medida seja implantada, vai ferir resoluções importantes do Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe).
De acordo com o secretário geral do Simepe, Tadeu Calheiros, toda a situação já foi denunciada ao Cremepe, à Secretaria Estadual de Saúde (SES). A entidade também levou o caso ao Ministério Público Estadual (MPPE), em busca de soluções imediatas.
