Senhoras e Senhores observadores, um debate travado numa rede social, me levou a escrever sobre este assunto, vamos lá. Neste final de semana, ontem (21) e hoje (22), das 09h às 16h, na Praça da Avenida do Forte, no Cordeiro, no Recife, oito médicos veterinários, todos vindos dos Estados Unidos, estão participando um mutirão de atendimento gratuito para equinos, numa iniciativa do “Programa de Equinos” da ONG americana “World Vets”.
A ação tem a previsão de atender cerca de 100 cavalos que puxam carroças ou que são utilizados para fretes e recolhimento de materiais recicláveis. Todo o trabalho conta com o apoio da Associação de Amparo a Vida Animal (AMPAVIDA), Fundação Brigitte Bardot e do Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV).
Os cavalos receberão avaliação clínica, reparo nos cascos, cuidados nas lesões externas, tratamento dentário, controle de parasitas e vacinas contra várias doenças, bastando que seus tutores compareçam levando um documento com foto e seu comprovante de residência.
O ideal é que não tivéssemos mais o símbolo do subdesenvolvimento, que são os veículos puxados por animais, em pleno século XXI. Eu chego a duvidar que o número previsto para atendimento, 100, se confirme, porque não acredito que essas pessoas que usam os animais os levarão para receberem os cuidados, muitos nem documentos pessoais tem ou alegam não ter, como dois sujeitos que interpelei há aproximadamente um mês, no Bairro Novo, em Olinda, quando chicoteavam um cavalo que carregava metralhas e estava arqueado, se arriando, por não aguentar o peso, num flagrante sofrimento.
Assim que passei por eles e vi a cena cruel, imediatamente, sem que ninguém me ajudasse, pois o povo só olha, mas “não se envolve”, ordenei que os dois elementos parassem, os obrigando a desatrelar o pobre animal da carroça e cessar o “serviço” ali mesmo onde estavam, no meio da Rua Elesbão de Castro, perto do estacionamento de um Colégio, local que servia de depósito desse tipo de material.
Por um lado, até que resolveu o problema do lugar, porque agora há um fiscal da prefeitura que impede que haja o despejo de material, mas aqueles elementos e tantos outros, devem estar em diversos pontos da Região Metropolitana, como em todo o estado, a expor os animais a essa tortura. Isto sim é tortura!
Desde já, desafio algum candidato a cargo político nas próximas eleições a ter, como uma das suas propostas de trabalho, um projeto para por fim a este tipo de MAUS TRATOS aos animais nos nossos municípios. Se interessar, tenho uma proposta neste sentido, já devidamente registrada em cartório, a qual disponibilizo com prazer, desde que haja um termo de compromisso firmado (somos mortais). Alguém já me disse que seria impopular, eu respondi que prefiro ser impopular a ser cruel com os amimais. Uma semana a Paz e Luz!
Kildare Johnson – Mediador Judicial – Árbitro – Palestrante motivacional. Escreve aos domingos no Observatório de Olinda