Senhoras e Senhores observadores,
O atleta que atuou como meio-campista, Gérson de Oliveira, tendo jogado no Flamengo, no Botafogo, no Fluminense e no São Paulo, ficou conhecido como o “Canhotinha de Ouro” e se sagrou tricampeão mundial pela seleção brasileira de futebol, na Copa do Mundo de 1970, a quem rendemos merecidas homenagens.
A fama de Gérson aumentou, principalmente nas pessoas que não eram afeitas a futebol, por causa de uma campanha publicitária da marca de cigarro (chupetinha do cão) “Vila Rica”, que ele protagonizou, onde iniciava dizendo: “Gosto de Levar Vantagem em Tudo” e, ao final arrematava: “O Importante é Levar Vantagem em Tudo, Certo?”
Como brasileiro é um povo criativo, quiçá o mais criativo do mundo, começou e associar a frase dita pelo atleta aos golpistas e “espertalhões”, no pior dos sentidos, o que o incomodou, tendo ele tentado por muito tempo, sem sucesso, se desvencilhar, se desassociando da pecha de “patrono” dos trambiqueiros, golpistas, corruptos, canalhas e até “piranhas” tupiniquins, que só querem levar vantagem em tudo. Certo?
A condição “gersoniana”, nos remete a uma reflexão acerca de se somos mesmo uma nação de egoístas, de seres de caráter duvidoso, sem pudor, de antiéticos e de pessoas sacanas, sobretudo quando nos deparamos com exemplos execráveis de conterrâneos como as “marias-chuteiras”; os que aplicam golpes “de todos os tipos e tamanhos”, diuturnamente, Brasil afora; os que sonegam impostos sob a alegação da “não-contrapartida do Estado”; os que vendem produtos estragados e vencidos, pondo, CRIMINOSAMENTE, em risco a saúde alheia.
Os que SURFAM no sucesso de outrem, como fazem os políticos inescrupulosos; os que estacionam em vagas reservadas a idosos e pessoas com necessidades especiais; os que ficam com o troco errado; os parlamentares que impõem leis absurdas para, não raras vezes, se beneficiarem ou beneficiar a indústria dos “amiguinhos”, como ocorreu com a ABSURDA obrigatoriedade de portar nos carros o “kit de primeiros socorros” e tantos outros inescrupulosos enganadores.
É de lamentar, mas se a “Lei de Gérson” existe é por puro reflexo da nossa realidade, basta vermos os casos ocorridos na última semana com a ridícula exposição da “modelo” Najila, que claramente tentou armar para extorquir Neymar Jr, o “jogador-BESTÃO”. Aqui em Olinda, o caso do restaurante Itapuã que estava comercializando cervejas vencidas; outro lá em Jaboatão que cobrava indevidamente “multa” de R$ 50,00 pela perda da comanda e os delitos que estão sendo cometidos exatamente neste momento, enquanto você lê esta coluna.
Há uma frase do escritor americano Jim Stovall, que eu aprecio e a exponho no meu perfil no Facebook que diz: “Honestidade é fazer o certo, mesmo que ninguém esteja olhando.” Compartilhemos, façamos a nossa parte! Paz e Luz.
Kildare Johnson – Mediador Judicial – Árbitro – Palestrante motivacional. Escreve aos domingos no Observatório de Olinda.