Oito anos após o assassinato da professora Izaelma Cavalcante Tavares, 36 anos, morta na frente do filho, o ex-marido e ex-comissário de Polícia Civil Eduardo Moura Mendes, 58, vai a julgamento. A sessão está marcada para às 9h de hoje (29), no Fórum da Comarca de Olinda, e será presidida pela juíza Andréa Calado. A previsão é que o julgamento termine amanhã (30).
Hoje estão previstas a ouvida das testemunhas, a exibição de depoimentos requeridos pelas partes e o interrogatório do acusado, que se encontra detido em presídio. Caso a produção de provas em plenário sobrecarregue a sessão, os debates entre acusação e defesa ficarão para a quarta-feira (30). Em seguida haverá a reunião do Conselho de Sentença, formado por sete jurados sorteados no início da sessão, e a leitura da decisão.
O crime aconteceu no dia 03 de dezembro de 2011, no Edifício Grants (Rua Coronel João Manguinhos), no Bairro Novo, Olinda, quando a professora foi deixar o filho do casal, Heitor, na época com cinco anos, para ver o pai. Durante uma discussão com o ex-marido, a vítima ligou para o namorado, que gravou o telefonema, incluindo o pedido de socorro e entregou à polícia.
Segundo a Justiça, o acusado, por motivo fútil e impossibilitando qualquer defesa da vítima, disparou oito vezes na região glútea, coxa direita, joelho e tórax de Izaelma por não aceitar o término do casamento.
A mulher ainda chegou a ser levada para o Hospital da Restauração, mas, no caminho, ao passar pela Avenida Agamenon Magalhães, a viatura de resgate do Corpo de Bombeiros capotou ao colidir com um carro. A professora ainda passou seis dias internada, mas não resistiu à gravidade dos ferimentos.
Após o crime, o ex-policial fugiu do local levando a criança. O menino só foi encontrado em março de 2012, na casa dos avós paternos, em Rio Doce – Olinda. Depois disso, foi morar com os avós maternos, na Cidade Tabajara.
No período em que esteve foragido, o acusado entrou para a lista dos criminosos mais procurados do Estado. Eduardo Moura só foi preso no dia 17 de outubro de 2012, quase um ano depois do assassinato. confessou o homicídio.
Fonte: OP9
