A troca de farpas entre os vereadores da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga irregularidades na eleição dos conselheiros tutelares de Olinda e a Comissão Eleitoral do Conselho Municipal da Criança e do Adolescente (COMDACO) virou uma “Guerra de Notas Oficiais” que tem gerado novos desgastes ao prefeito Professor Lupércio.
Orientados sabe se lá por quem – mas certamente alguém absolutamente inábil no jogo político – a Comissão Eleitoral do COMDACO resolveu bater de frente com a Câmara de Vereadores, classificando os membros da CPI como mentirosos, em nota publicada quarta-feira (20).
O texto raivoso do COMDACO gerou um contra-ataque do Poder Legislativo, ontem (21), que reafirmou – em mais uma nota, que reproduzimos abaixo – acusações de fraude na licitação e interferência indevida do secretário Odin Neves.
Tais atos foram considerados “incompatíveis com a boa fé, a transparência e a moralidade do processo de escolha dos conselheiros tutelares”, no dizer dos vereadores. Cercado por certos tipos de “auxiliar” o prefeito realmente não precisa de inimigos.
Eis a nota da CPI
É lamentável e extremamente preocupante o fato de a Comissão Eleitoral do COMDACO (Conselho da Criança e do Adolescente de Olinda), que tem entre seus membros, procuradores da Prefeitura de Olinda, agredir de forma desrespeitosa os membros do Poder Legislativo Municipal que formam a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) acusando-os de deturparem fatos que, sabidamente, são verídicos e, ainda, acusando-os de má fé.
Exige-se, portanto, o devido respeito aos membros da CPI e ao próprio Poder Legislativo de Olinda e, ainda mais, exige-se respeito com o povo de Olinda.
A atual Comissão Eleitoral, o prefeito da cidade e o Ministério Público sabem que os fatos apurados na CPI são graves e atentam contra o interesse público, desrespeita os candidatos e o povo olindense.
Fatos como fraude na licitação e interferência indevida do secretário Odin Neves e do prefeito Lupércio no processo são, no mínimo, incompatíveis com a boa fé, a transparência e a moralidade do processo de escolha dos conselheiros tutelares.
CPI do COMDACO