Há um provérbio bíblico que diz: “Um abismo chama outro abismo”. E assim parece ser a situação da orla de Olinda. Problemas e mais problemas, de todos os tamanhos e gravidades. Da total falta de higiene na manipulação de alimentos pelos barraqueiros até toneladas de lixo jogados na areia. Do som ensurdecedor até assassinatos ao meio-dia. Ninguém controla a favela que se instalou na beira mar da cidade Patrimônio Cultural da Humanidade. Ninguém!!!
Ontem (15), assim como em todos os finais de semana e feriados, foi mais um domingo de desrespeito às mínimas leis de convivência civilizada. Além da balbúrdia toda já conhecida de todos, uma das barracas que fica em frente ao Templo Budista, em Casa Caiada, achou que poderia promover uma “festa rave” e impôs milhares de decibéis de música da pior qualidade para quem estava na praia ou a centenas de metros do local.
No templo budista ninguém pôde meditar ou fazer orações com o barulho, enquanto nas residências moradores foram impedidos de assistir televisão. Se algum hóspede do Hotel de Trânsito de Oficiais do Exército quis descansar, ficou só na vontade, porque a zoada não permitiu nada disso. Nem orações, nem o direito de estar em paz dentro de casa.
“Em um país sério uma coisa dessas não acontece de jeito nenhum. Onde está a prefeitura??? Onde está a polícia??? Onde está o famoso Ministério Público, que questiona tudo,mas não vê este tipo de abuso contra o sossego???”, questionou uma moradora de um dos edifícios da área, lembrando que o assassinato ocorrido na segunda-feira passada (09) se deu exatamente em frente à barraca do som alto que não respeita ninguém. “Um abismo chama outro abismo”.
Socorro!!!! O povo aguarda providências!!!