Centenas de estudantes da rede pública municipal estão sendo prejudicados pela prática imoral, criminosa e antiética de professores ligados à Secretaria de Educação de Olinda que vêm apresentando atestados médicos falsos para abandonar as salas de aula e continuar recebendo salários sem trabalhar.
A denúncia chegou ao Observatório através de um funcionário da prefeitura indignado com a fraude, que, segundo ele, também conta com a conivência da junta médica que avalia os pedidos de afastamento.
O servidor afirma que é muito simples para órgãos de controle como o Tribunal de Contas do Estado (TCE) ou o Ministério Público constatar a fraude. Basta cruzar os nomes dos beneficiários das licenças em Olinda com os vínculos que estes mesmos professores têm em outros municípios, no estado ou em empresas privadas.
“É revoltante a gente ver que essas pessoas não estão doentes, mas conseguem estes atestados para roubar a cidade. Não tem outro nome para isto. São ladrões do dinheiro público. E o pior é que muitos aparecem cinicamente no Facebook empunhando a bandeira da moralidade e do combate à corrupção”, afirmou.
DOENÇA GEOGRÁFICA – De acordo como denunciante os mesmos professores que pedem afastamento por doença em Olinda continuam trabalhando normalmente em escolas de outros municípios e até dando aula em universidades.
“É um caso único no mundo de “doença com limitação geográfica”. Ou seja, depois que o camarada sai dos limites de Olinda ele ganha automaticamente condições de trabalhar. Mas se voltar na cidade adoece de novo”, ironizou.
A Prefeitura de Olinda precisa reavaliar imediatamente cada uma dessas licenças e punir com rigor os fraudadores (professores, médicos ou qualquer outro servidor envolvido). Não é possível que homens e mulheres que realizaram concurso público para exercer a missão de EDUCADORES estejam praticando este tipo de corrupção. Ministério Público e TCE, por favor, entrem neste caso também.