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FALOW & DISSE. “NÃO CRIEMOS PÂNICO!” – KJ

Senhoras e Senhores observadores, hoje vou abordar um tema que, sinceramente, gostaria que NÃO existisse. Trata-se da enxurrada de disseminação de NOTÍCIAS FALSAS, as tais “Fake News”, sempre que acontece um caso de comoção nacional ou mundial, como agora a epidemia (ou pandemia) do Coronavírus, originária na China.

Na realidade, pouco ainda se sabe sobre esta “nova versão” do vírus em particular, mas o que impressiona é a velocidade de contaminação, não do dele, mas das “Fake News”.

Um estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) dá conta de que, em apenas 4 dias TRIPLICOU o número de vídeos postados e as visualizações aumentaram 500%!

Na sexta-feira, dia 31 de janeiro, por pouco não fui xingado por uma cidadã num grupo de WhatsApp, quando esta publicou um áudio sem identificação, sem origem conhecida, um áudio claramente FALSO.

A mulher até insinuou que eu, não só concordava, como “parecia saber dos planos para controle da população mundial” (sic), me dando uma importância que eu, sequer, possuo. Eu, hein?!

A VERDADE é que nas redes sociais sempre surgirão uma infinidade de teorias e projeções que nunca se confirmarão. O que será que move esse pessoal a disseminar notícias falsas? Penso que seria por conta de patológico prazer na sordidez de provocar pânico nas pessoas, não vejo outra explicação.

Vamos aos FAKES: – “Trata-se de um ‘SUPER-vírus’ para controle populacional global”; “Não se deve comprar objetos originários da China, eles virão contaminados com o Coronavírus; “A epidemia vai provocar milhares de mortes quando chegar ao Brasil e o Sistema Único de Saúde (SUS) não terá condições de atender todos os casos”.

E mais: “Um amigo esteve ontem no aeroporto e a quantidade de pessoas desembarcando, vindas da China para o Brasil é absurda, mas a imprensa não mostra”… Fora os áudios sem identificação de autoria, sempre dizendo que um “amigo ou uma amiga infectologista disse que metade da população mundial” vai morrer”, vídeos com pessoas caindo e até fotos MENTIROSAS como a que ilustra esta coluna hoje.

O Médico infectologista Dr. Carlos Magno Castelo Branco Fortaleza, Professor da Faculdade de Medicina da UNESP deu uma entrevista ao “R7” para esclarecer algumas dúvidas dos internautas.

Disse ele: “Em relação a indústria farmacêutica para vender medicamentos, esse tipo de teoria da conspiração não faz sentido, uma vez que o vírus é incontrolável e ainda não há medicação ou vacina contra ele. Além disso o Coronavírus é amplamente espalhado na natureza e que, na maior parte das vezes, não preocupa, já que causa doença respiratórias leves em humanos e em outros animais.

“Além disso, já tivemos outras duas epidemias com variações do Coronavírus, a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), em 2002 e a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS) que surgiu em 2012”, declarou.

Quanto aos objetos comprados na China o Dr. Júlio Croda da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde afirmou que é improvável, posto não existir nenhuma possibilidade de transmissão do vírus por mercadorias.

O Dr. Carlos Magno diz que não há como garantir que nenhum caso chegue ao Brasil, mas nossa vigilância epidemiológica está instalada e é bastante sensível.

Já deu conta da Gripe Suína em 2009 e dá conta da epidemia de Dengue. Afirmou, ainda, que a transmissibilidade do Coronavírus é menor que a do o Sarampo, por exemplo e finaliza enfatizando que o Brasil deve manter as medidas de vigilância em portos, aeroportos e fronteiras, pois elas foram extremante eficazes contra a SARS, bastando identificar passageiros sintomáticos oriundos das áreas afetadas.

Por fim, a epidemia do Coronavírus poderá ser contida em até 6 meses, afirma um médico chinês. NÃO CRIEMOS PÂNICO!

Kildare Johnson – Mediador Judicial – Árbitro – Jornalista e Palestrante Motivacional.

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