Senhoras e Senhores observadores, estamos vivendo dias turbulentos em nosso Brasil, mais uma vez isto é inegável. Serão os astros conspirando em desfavor, será a atmosfera propensa aos desajustes? Sabe Deus. No “salve-se quem puder”, temos que agarrar o colete salva-vidas ou tentarmos salvar a nau? Eis a questão.
Meu querido pai sempre me dizia e ainda me diz: “Na luta do rochedo com o mar, quem ‘se lasca’ é o groçá” (Groçá – Pequeno crustáceo, tipo aratu, que aparece nos arrecifes de corais nas marés baixas). Aqui esclareço que o sentido da frase não está relacionado a “tamanho” de nada, nem de ninguém, e sim à tomada de partido antecipada, sem o caudado de uma análise prévia e apurada dos fatos e dos “porquês”, pelos que desconhecem as razões dos “embates”.
Como todo bom observador, não cabe julgar precipitadamente e, menos ainda, não é característica, nem é inteligente, se deixar levar por pareceres eivados de interesses pessoais e, portanto, de parcialidades, seja por alguns meios de comunicação, seja pelos “insatisfeitos” que aproveitam para destilar seus impropérios e seus venenos.
Quem é o causador do suposto problema? De que é a culpa? Quem está errado? Quem está certo? Quem é o traído? Quem é o traidor? São muitos os questionamentos que só cabe ao tempo nos responder, a ninguém mais!
Me entristece ver pessoas que aparentavam ser por um Brasil decente, pela família, pela pátria, pela mudança de verdade, de repente sucumbem a tentação de “jogarem a toalha”, sob forte emoção e influência externa, sem, repito, que se saiba exatamente quais as razões, o que ocorreu, o que poderá advir no desenrolar dos fatos e o que, ao final, resultará de todo o imbróglio.
Como dizia o poeta: “Eu fico com a pureza da resposta das crianças” sem, contudo, ser um idiota que acredita que tem pessoas quem não estão querendo se aproveitar dos problemas e das contendas alheias ou, ainda, que haja incautos servindo de “massa de manobra” para o timinho medíocre daqueles que querem mais é ver a destruição de sonhos, só pelo sórdido prazer de bradar: “Eu avisei que não daria certo”, ainda que isso custe vidas!
Vidas que aguardam liberações de medicamentos, enquanto os homens da lei se ocupam em pautas infinitamente desprezíveis, já pacificadas e menos importantes, como “legislar” em favor de BANDIDOS PRESOS e PELA DESCRIMINALIZAÇÃO ABSURDA DAS DROGAS.
Estejamos de olho, enquanto cidadãos, para não sermos tragados por cortinas de fumaça, nem por sujeiras em nosso caminho! Não me refiro às queimadas da Amazônia, nem tampouco a CRIMINOSA contaminação nas praias no nosso Nordeste.
O exposto acima tem, apesar de tudo, muita tranquilidade e a confiança de que dias melhores hão de vir, exatamente porque nosso povo sofrido já não tem mais “couro para esquentar”, lágrimas para chorar, nem forças para lutar, por isso peço aos homens que exercem os Poderes da República que, evitem algo pior, busquem ter cautela, sempre!
Kildare Johnson – Mediador Judicial – Árbitro – Palestrante motivacional. Escreve aos domingos no Observatório de Olinda.