Estamos nos aproximando do dia 07 de setembro, dia em que se comemora a INDEPENDENCIA do Brasil; se formos buscar o significado da palavra “independência”, no dicionário do Aurélio, vamos encontrar algumas definições do substantivo feminino que dão conta de ser: estado, condição, caráter do que ou de quem goza de autonomia e de LIBERDADE; no dicionário Michaelis encontramos, a seguinte definição: “Caráter ou qualidade de alguém ou daquilo que não se deixa influenciar ao fazer julgamento; ele também se refere à isenção e a imparcialidade.
Belo mesmo é o Hino da Independência! Poucos brasileiros sabem, mas a melodia que hoje, nós que temos mais de 45 anos, conhecemos bem, pois aprendemos a cantar nos educandários onde estudamos, foi uma criação de D. Pedro I e a letra é do livreiro, artista e político Evaristo da Veiga que escreveu o poema e o intitulou de Hino Constitucional Brasiliense (nada mais sugestivo para os tempos atuais, não?), que, dada a imensa vontade do povo se ver LIVRE dos GRILHÕES QUE OS FORJAVA, em pouco tempo os versos ganharam preferência e destaque; eles foram musicados, inicialmente, pelo maestro Marco Antônio da Fonseca Portugal que era professor de música do entusiasmado D. Pedro I, que tão logo proclamou a INDEPENDÊNCIA, tratou de compor uma nova melodia para o poema que se tornou um Hino e que transcrevo abaixo:
Já podeis, da Pátria filhos,
Ver contente a mãe gentil;
Já raiou a liberdade
No horizonte do Brasil.
Brava gente brasileira!
Longe vá… temor servil:
Ou ficar a pátria livre
Ou morrer pelo Brasil.
Os grilhões que nos forjava
Da perfídia astuto ardil…
Houve mão mais poderosa:
Zombou deles o Brasil.
Brava gente brasileira!
Longe vá… temor servil:
Ou ficar a pátria livre
Ou morrer pelo Brasil.
Não temais ímpias falanges,
Que apresentam face hostil;
Vossos peitos, vossos braços
São muralhas do Brasil.
Brava gente brasileira!
Longe vá… temor servil:
Ou ficar a pátria livre
Ou morrer pelo Brasil.
Parabéns, ó brasileiro,
Já, com garbo varonil,
Do universo entre as nações
Resplandece a do Brasil.
Brava gente brasileira!
Longe vá… temor servil:
Ou ficar a pátria livre
Ou morrer pelo Brasil.
Belo poema em forma de hino que certamente será cantado em todo o Brasil na próxima terça-feira, dia 07 de setembro, quando se espera uma gigantesca manifestação do povo brasileiro nas ruas, talvez a maior de todos os tempos, exatamente para mostrar ao mundo que, neste momento de incertezas, os que amam a Pátria e querem ver as suas liberdades inabaladas, como deve ser, num estado de direito comum a todos os cidadãos.
Atentem para o significado do início que diz: “Já podeis da pátria filhos Ver contente a mãe gentil Já raiou a liberdade no horizonte do Brasil…” o qual me arvoro aqui a explicar, dada a sua importância, Vamos lá: “Já podeis, da pátria filhos, / Ver contente a mãe gentil / Já raiou a liberdade / No Horizonte do Brasil”… Na ordem direta, o trecho “da pátria filhos” passa a “filhos da pátria”, numa expressão que funciona como vocativo, que é o termo que representa o ser ao qual o emissor se dirige. Então, alegrai-vos, “Filhos da Pátria, já podeis ver a mãe gentil contente”, ou seja, os filhos da pátria, ao notá-la INDEPENDENTE/LIVRE DOS GRILHÕES QUE A FORJAVA DA PERFÍDIA ASTUTO ARDIL a sentem em contentamento!
Os grilhões estão relacionados a correntes grossas de metal e algemas, algo que prende; já a perfídia tem o caráter de representar DESLEALDADE, FALSIDADE e TRAIÇÃO e ardil, se diz dos que usam de ASTÚCIA, ARMADILHA, CILADA, SABOTAGEM além de SAGACIDADE PARA O MAL! Nenhum fato histórico neste mundo é mera coincidência.
A frase considerada mais marcante. Dada a importância no contexto, sem dúvida, está no refrão: “Brava Gente Brasileira Longe vá, temor servil; ou ficar a pátria livre, ou morrer pelo Brasil. Ou ficar a pátria livre, ou morrer pelo Brasil”; ela traz em sua essência um AMOR INCONDICIONAL, do tipo que só quem realmente sente, são os de coração VERDE e AMARELO, os patriotas, os verdadeiros filhos da Pátria. Viva a independência; a liberdade; a democracia; Vai, Brasil!!!
Kildare Johnson – Bacharel em Direito, Mediador/Conciliador, Árbitro Judicial e Palestrante RM.