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EUGÊNIA (PSOL) APONTA CULPADOS PELA VIOLÊNCIA NAS PRÉVIAS DE CARNAVAL EM OLINDA

Depois de dois anos sem Carnaval, o mínimo que se esperava do Governo do Estado e da Prefeitura de Olinda era maior planejamento e preparo para as prévias carnavalescas que já tomam conta das ladeiras de Olinda.
No entanto, as cenas de violência amplamente divulgadas nas redes sociais e na imprensa pernambucana, no último domingo (08/01), mostram que nada mudou e nem foi feito para prevenir arrastões, brigas e assaltos na Cidade Patrimônio.
É de conhecimento público a intensa movimentação no Sítio Histórico de Olinda neste período. É necessário uma força tarefa entre Governo do Estado para garantir a segurança pública, e cabe à Prefeitura Municipal um planejamento urbano que atenda a moradores, ambulantes, carnavalescos, empresários e foliões.
A Lei do Carnaval de 2001 prevê a Comissão Permanente do Carnaval que estabelece um diálogo, prévio, entre os entes públicos e a sociedade civil organizada. Mas não se viu iniciativa alguma da gestão municipal neste sentido até o momento.
Reafirmar a importância cultural, social e econômica do Carnaval é necessário. A livre manifestação sociocultural do povo movimenta uma enorme cadeia de trabalhadores e trabalhadoras informais, músicos, carnavalescos, artesãos, dançarinos, além da rede de restaurantes, bares e hotéis em toda a Região Metropolitana.
Criminalizar a festa é uma agressão à nossa história e à nossa cultura e não será a alternativa e também não resolverá os problemas.
São as agremiações que garantem, em muitos casos, a livre e gratuita apresentação artística nas ladeiras para diversos turistas e trabalhadores/as do nosso Estado. Porém, para garantir a folia que encanta multidões, a violência não pode ter espaço.
A Polícia tem o dever de garantir a segurança, invés de proibir a saída de clubes e troças que desfilam há anos na cidade. A Prefeitura, além de garantir política pública de assistência social, tem o dever de reforçar a iluminação pública, ordenar ambulantes e o trânsito na cidade que é Patrimônio Mundial da UNESCO.
Pois além dos históricos casarios e igrejas, a vida orgânica da cidade, que tem no carnaval sua máxima manifestação, é o verdadeiro pilar da identidade e a principal fonte de renda em uma cidade que já enfrenta um grave abandono no comércio local, problemas fiscais, baixa atividade industrial e forte desigualdade social.
É necessário trabalhar com responsabilidade e inteligência para salvaguardar nossa cultura, proporcionar acesso às manifestações de todos e todas, independentemente de classe, raça ou gênero e, também, garantir renda para a população, em um país já tão desigual e com alto índice de informalidade e desemprego.
É visível a falta de disposição política e de gestão para resolver o problema que persiste há anos, mas acreditamos que ainda tem solução. Junto com os moradores, carnavalescos e todos os órgãos podemos traçar um plano de ação que fortaleça o carnaval com responsabilidade, diálogo e disposição.
A retomada do carnaval deve ser uma janela de oportunidade para girar a economia e fortalecer as manifestações populares. Gente capacitada tem. Basta chamar todas e todos que Olinda terá o maior carnaval da sua história, com paz, alegria, harmonia e felicidade.
Eugênia Lima
Olindense, Mestre em Desenvolvimento Urbano e dirigente do PSOL.

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