Em mais um capítulo da conturbada, atrapalhada e desastrosa eleição do Conselho Municipal da Criança e do Adolescente (COMDACO), moradores da Rua Recife, no bairro do Jardim Brasil II, foram surpreendidos no final da tarde de ontem (18), com o aparecimento de milhares de cédulas espalhadas pela via.
Além de ter emporcalhado a rua, o descarte irregular dos documentos levantou novas suspeitas sobre a lisura da eleição, com candidatos questionando como o material, que deveria ter sido incinerado, foi parar aos milhares no meio da rua.
Então vamos às perguntas que não querem calar: Quem estava responsável pela guarda do material? Quem guardou as cédulas até o dia da eleição? Quem recolheu as cédulas não utilizadas na eleição? Por que as cédulas não foram imediatamente incineradas, após o fim da eleição?
ERROS – A falta de cuidado com as cédulas vem desde sempre. Inclusive, o cancelamento da primeira eleição – que deveria ter sido realizada no dia 06 de outubro – se deu porque o COMDACO imprimiu 50 mil peças com erros nos nomes dos candidatos.
Remarcada para 24 de novembro a eleição aconteceu, mas não livre de diversas irregularidades que já são alvo de questionamentos na Justiça, como compra de votos, coação, transporte ilegal de eleitores et cetera, já sob investigação do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara de Vereadores de Olinda.
Diante de mais um episódio desta trágica “novela venezuelana“, não se sabe se os conselheiros tutelares eleitos tomarão posse, em janeiro. A falta de cuidado com as cédulas eleitorais revela o descaso, a falta de zelo e a irresponsabilidade de TODOS os envolvidos na organização deste processo: COMDACO, Prefeitura de Olinda e MPPE.
A sociedade anseia por PROVIDÊNCIAS e resultados efetivos para mais este crime contra o erário público.
PS. Coincidência ou não, as cédulas descartadas irregularmente ontem estavam nas proximidades de um conjunto habitacional – ao lado da antiga garagem de ônibus da empresa Tamará – invadido recentemente por grupos de “sem-teto”. Se investigar direitinho. . . . . . .