Senhoras e Senhores observadores,
Hoje, 31 de março de 2019, começo perguntando: Há o que comemorar, o que terá acontecido “post mortem” da vereadora Marielle Franco, assassinada covardemente, para que, de repente, as pessoas politicamente de esquerda, os membros e os líderes do seu partido, o PSOL, parassem de perguntar: “QUEM MATOU MARIELLE”? (e a outra VIDA, também, a do motorista, pai do pequeno Arthur Anderson, o cidadão Anderson Gomes, que estava fazendo um “bico” para manter a família, mas radiante, pois em breve começaria a trabalhar como mecânico de aeronaves, sua profissão, na TAP).
Notei que os questionadores quase que desapareceram das redes sociais. E sabemos que os simpatizantes e os políticos da esquerda são bastante ativistas, como o deputado federal do PSOL do Rio de Janeiro, Glauber Braga, que em outubro de 2017 fez uso da tribuna da Câmara Federal para comemorar o centenário da Revolução Russa, que DIZIMOU, e ainda MATA, dando um total, mais de 94 milhões de VIDAS à partir dela.
No pronunciamento, o parlamentar cita a revolução como (sic) “inspiração contra o trabalho escravo”. E vai mais além, diz que: “ocupar os espaços públicos, deve ser uma constante homenagem aos revolucionários” (Que “viagem”, hein?). Está nos anais daquela Casa para quem quiser conferir, foi no dia 27 de outubro de 2017.
VIVA LA REVOLUCION – Em janeiro deste ano, partidos brasileiros de esquerda comemoraram os 60 anos de outra revolução, a cubana. Eu gostaria imensamente de um dia vir a entender o porquê de alguns dos que são politicamente de esquerda, tanto reclamar que existe “opressão”, quando a história mostra que é a própria esquerda quem mais comemora esses regimes conhecidamente opressores, sangrentos, criminosos, hediondos, repressivos e terroristas, e que, até hoje, levam VIDAS inocentes aos mais diversos “paredões” espalhados mundo afora.
O que mais estranho ocorre é a confusão que é feita, também pelos que se dizem politicamente de direita, em relação ao que é, efetivamente, um “golpe de estado”, com uma ação oriunda da manifestação popular e que culmina com a saída de um Presidente, sendo o Chefe do Poder Executivo LEGALMENTE destituído pelo Congresso Nacional, o que conta com amplo e irrestrito apoio popular.
Me refiro, TAMBÉM, ao dia 31 de agosto de 2016 (Impeachment de Dilma Roussef). Comemoremos, pois, a “demokratía”: demos = Povo kratos = Poder. Poder exercido pelo povo, através do sufrágio universal – Que assim permaneça!
PS. A liminar da Justiça Federal que proibia a rememoração dos fatos históricos ocorridos no dia 31 de março de 1964 foi cassada. Assim, quem desejar comemorar, relembrar, protestar ou seja lá o que for, democraticamente, já pode se expressar.
Kildare Johnson – Mediador Judicial – Árbitro – Palestrante motivacional. Escreve para o Observatório de Olinda aos domingos