A Câmara de Vereadores (e o povo) de Olinda querem saber quem vai pagar os prejuízos causados pela suspensão da eleição para o Conselho Municipal da Criança e do Adolescente (COMDACO), que deveria ter ocorrido ontem (06), mas foi suspensa por recomendação do Ministério Público de Pernambuco (MPPE).
O cancelamento se deu porque todas as 40 mil cédulas de votação continham erros gráficos nos nomes e números dos candidatos, inviabilizando assim a realização do pleito. Mais de 500 pessoas estavam envolvidas na organização do processo eleitoral, que deverá ser repetido, gerando prejuízo incalculável aos cofres públicos.
“Foi um lamentável e grosseiro erro do presidente da Comissão Eleitoral que não revisou a impressão das 40 mil cédulas disponibilizadas com erro na grafia de nomes, omissão de candidatos aptos e até a inclusão de um concorrente que havia sido excluído por ordem da Justiça,” disse o vereador Jorge Federal, presidente da Câmara.
O parlamentar acrescentou que, amanhã (08), vai propor uma nova Audiência Pública para esclarecer os erros cometidos e garantir a legalidade do próximo pleito. “É lamentável que o presidente da Comissão Eleitoral, João Carlos Oliveira Faria, o próprio COMDACO, presidido por Maria Paulina de Brito Lucena, não terem consultado a Comissão de Direitos Humanos da Câmara para contribuir com sugestões para organização do pleito”, criticou.
INVESTIGAÇÃO – Jorge Federal disse também que a Câmara de Olinda vai solicitar ao COMDACO que informe a gráfica que imprimiu as cédulas, além de fornecer o arquivo digital enviado, o valor pago e como decorreu o processo de licitação. “As cédulas foram impressas com o timbre da Prefeitura de Olinda e esse fato deve ser também apurado, uma vez que a prefeitura tem três integrantes da Comissão Eleitoral”, informou.