O sagrado direito à paz das pessoas de bem que vivem no entrono da Praça Duque de Caxias, no Bairro Novo, está sendo violentamente violado, de domingo a domingo, por barracas instaladas na Avenida Beira Mar. O barulho infernal atinge centenas de moradores de prédios residenciais, hóspedes do Hotel de Trânsito do Exército e frequentadores do Templo Budista Fo Guang Shan. A Prefeitura de Olinda, que deveria fiscalizar o problema, é totalmente omissa e conivente com a situação criminosa.
A perturbação da paz alheia começa pontualmente às 6h da manhã e prossegue pelo menos até as 17h, quando caixas de som são ligadas “no último volume”, ‘estuprando’ os ouvidos alheios. E aí atividades simples como estudar, trabalhar, dormir ou meditar – no caso dos monges e alunos do Templo Budista – tornam-se impossíveis.
As maiores vítimas são crianças recém-nascidas e idosos. “O problema é antigo e muitas reclamações já foram feitas à prefeitura. Parece que o som está dentro de nossas casas”, diz o morador do 20º andar de um dos prédios da região que, apesar da altura do apartamento, sofre com o barulho excessivo.
TORTURA – Para quem vive na área a ‘tortura’ é completa. Além do som alto, os “donos da praia” impõem aqueles “gêneros musicais” de gosto absolutamente duvidoso que exaltam a violência, o consumo de drogas e a desvalorização da mulher. Um lixo.
“Isto aqui, em tese, é a área mais valorizada da cidade. Mas não tem atenção alguma por parte da Prefeitura de Olinda. A praia virou uma favela horrorosa. Fomos abandonados pelo prefeito Lupércio. Dá vergonha receber uma visita em casa”, desabafa outro morador, lembrando que paga o IPTU mais caro do município. Sem qualquer retorno por parte da municipalidade.