Junte os ingredientes (domingo ou feriado, falta de policiamento, jovens desocupados), misture tudo no ambiente permissivo da praia e em pouco tempo a bomba explode. Ontem (03), no final da tarde, aconteceu de novo. Gangues rivais marcaram para se enfrentar no já conhecido point das galeras: a Praia do Bairro Novo, nas imediações da Praça Duque de Caxias. Pedaços de pau, pedras e todo tipo de objeto encontrados pela frente foram utilizados na nossa “guerra civil”. Terror para os cidadãos de bem que estavam na rua.
“Foi tudo de repente. Começou a correria, os gritos e ninguém sabia o que estava acontecendo. Daqui a pouco começaram a brigar em grupos e a gente se desesperou com aquelas cenas de selvageria. Ainda estava claro e a gente estava com nossa filha passeando no calçadão. Muita gente correu em pânico porque não tinha polícia, guarda municipal, nada”, contou o borracheiro Marcelo Ferreira.
O conflito começou na praia e foi descendo pelas ruas adjacentes até chegar às imediações do Shopping Patteo. Com medo das pedras muitos motoristas deram a volta pela contramão. “Essa área virou ‘point’ de galeras e o policiamento está muito falho. Com a chegada do shopping isto se agravou. É preciso pensar em uma nova estratégia para a segurança da área, com policiamento fixo e ostensivo nessa região”, opinou o jornalista Fernando Fagundes, que estava de carro indo para o shopping com a esposa e os dois filhos quando se viu no meio do conflito.
ASSASSINATO – Em março do ano passado, quando ocorreu até um assassinato ao meio-dia na Praia do Bairro Novo (foto), a Prefeitura de Olinda começou a estacionar o trailer de videomonitoramento da Guarda Municipal na Praia do Bairro Novo, nos finais de semana. A Polícia Militar também reforçou a presença na área. Mas o tempo passou e o esquema foi desmontado. Está na hora de voltar.