Inúmeros leitores do Observatório de Olinda enviaram comentários a respeito do Bloco Vacas Profanas – grupo de mulheres que se propõe a lutar pela causa feminista exibindo os seios em manifestações públicas, principalmente no Carnaval.
Um vídeo de 2016, onde uma das vacas – digo, moças – tenta invadir o Mosteiro de São Bento com os seios à mostra causou especial revolta em muitos internautas, que consideram o grupo agressivo e vilipendioso.
O leitor Gutemberg Vasconcelos escreveu pequeno artigo que, acreditamos, sintetizou o pensamento de todos os incomodados com a “performance” das moças, que fazem da nudez uma questionável forma de protesto.
Leia abaixo o texto.
FEMINISMO ÀS AVESSAS*
No Carnaval de Olinda neste ano de 2020 houve o Bloco das Vacas Profanas, grupo este que é caracterizado por mulheres que ficam com os seios despidos em público (algumas delas usam máscaras de vaca e outras não), alegando elas que as mulheres ‘devem ser livres para mostrar a nudez de seus corpos em oposição ao machismo imperado pela sociedade’.
Ora, isso para mim é um tipo de feminismo às avessas, pois como é que elas querem protestar no Carnaval contra o machismo imperado pela sociedade se com a nudez de seus corpos elas cada vez mais incentivam a banalização do corpo feminino e a sensualidade na cultura brasileira?
As mulheres não precisam mostrar seus corpos nus no Carnaval para exigirem seus direitos. Com essas atitudes impensadas elas reforçam cada vez mais o desprezo pelas causas feministas e incentivam, isto sim, que as mulheres sejam vistas mais como objetos sexuais do que seres humanos capazes dos mesmos direitos que os homens.
As mulheres devem ser respeitadas e não expostas ao ridículo pelas atitudes dessas feministas compromissadas com o comunismo. Isso para mim não é feminismo, e sim a banalização da nudez para a alegria da cultura deturpada brasileira.”
* (Palavras de Gutembergue Vasconcelos, o pensador.)
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