Foi pífio, para não dizer insignificante, o aumento que os servidores da Prefeitura de Olinda conseguiram após greve e diversas rodadas de negociação. A gestão Lupércio foi dura e após apresentar proposta inicial de 0% só aceitou elevar os salários em 2%, em 2017.
Nem a paralisação deflagrada no último dia 20 de junho foi capaz de pressionar o governo a, pelo menos, repor as perdas provocadas pela inflação do ano passado, que oficialmente ficou em 6,29%. Mais organizados, os trabalhadores da Educação ligados ao Sindicato dos Professores da Rede Municipal de Olinda (Sinpmol) arrancaram quase quatro vezes mais (7,64%) e outros benefícios.
E o 2 parece mesmo que foi mesmo o “número mágico” escolhido pela prefeitura em relação aos servidores efetivos. O ticket alimentação também foi reajustado em R$ 2,00 (dois reais), passando dos atuais R$ 10,00 para R$ 12,00. O Sindicato dos Servidores Municipais de Olinda (Sismo) informou (como conquista) que a partir do ano que vem a data-base da categoria sai do mês de maio para janeiro.
“É uma falta de respeito com quem dedica a vida ao serviço público. Continuamos com um ‘vale coxinha’ porque ninguém almoça com 12 ‘mirréi’. Infelizmente o nosso sindicato é muito fraco, não mobiliza ninguém. Essa greve foi uma furada, um movimento que não teve adesão. Tudo continuou funcionando normalmente e a prefeitura fez o que quis. No ano passado já não tivemos reajuste. É indecente um aumento de 2%, mas este é o resultado de uma categoria desunida e sem poder de mobilização”, desabafou um funcionário que preferiu não se identificar.
Agora só resta aos trabalhadores “apertar os cintos” durante todo este ano e se organizar para tentar alguma coisa em 2018.