A Prefeitura de Olinda precisa solucionar de forma urgente e definitiva a questão dos aterramentos irregulares que continuam acontecendo nas lagoas do Jardim Brasil e também no leito do Canal da Malária. Lenta e continuamente invasores – inclusive com apoio de ‘políticos’ – estão ocupando estes mananciais, prejudicando a drenagem das águas.
A foto que ilustra a matéria, por exemplo, foi feita sobre a ponte que cruza o Canal da Malária, na Rua Carmela Dutra, Vila Popular, próximo à rodovia PE-15. Nela é possível perceber o avanço das invasões na calha do canal e casas com até dois andares. As consequências serão percebidas pelos moradores do Jardim Brasil I e II, além da Vila Popular, no próximo período de chuva.
“Esses problemas de alagamentos no Jardim Brasil se agravaram a partir da década de 1980, justamente quando as invasões ocuparam essas marés. Antes a largura de uma margem à outra chegava a mais de 100 metros. Hoje em vários pontos o canal não tem três metros de um ponto ao outro”, recordou o aposentado Maurício Alves, 72 anos, morador do Jardim Brasil desde 1969.
CRIME AMBIENTAL – É verdade que ninguém vai morar dentro da lama porque quer. Em muitos casos é necessidade. Mas questões sociais à parte, é obrigação da Prefeitura tomar providências para que as áreas de alagados não sejam aterradas. Além de ser um crime ambiental, esta prática de uns poucos prejudica milhares de moradores que veem suas casas invadidas pelas águas toda vez que chove mais forte.
Vamos prestar atenção no ordenamento urbano prefeito Lupércio. Não peque por omissão, como fizeram os governos anteriores à atual gestão. Se deixar pra resolver isso depois a conta vai ficar bem mais cara.