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ARTIGO: Educação sanitária em tempos de pandemia – LIZIÊ FRANCO

O cenário da pandemia decorrente do novo coronavírus nos submete a reflexão e preocupação com a promoção em saúde.  A adoção de medidas simples de cuidado em saúde, principalmente, relacionadas ao combate da doença tem significativo impacto no curso da pandemia.

O País em plena ascensão de casos da covid 19 e longe de alcançar o pico da curva opta por reabertura gradual da economia devido a pressão por parte dos empresários ainda que desprovido de um plano nacional de diretrizes sanitárias unificadas.

Logicamente, cada Estado e região têm suas particularidades, mas um planejamento estratégico nortearia as decisões em conjunto ou isoladas.
A escassez de políticas públicas efetivas em saúde por parte do governo federal através de testagem na população em massa no qual teríamos a possibilidade de rastrear a pandemia como também ausência de uma política de promoção à saúde reflete diretamente no aumento do número de casos.

É desafiador o momento, pois uma parte da população não se mostra receptivo as orientações sanitárias propostas pelas autoridades de saúde. Historicamente, podemos citar  em 1930 a educação e saúde estavam intimamente integradas entre si que o ministério criado no mesmo ano chamava-se Ministério da Educação e Saúde Pública (MESP).

Em 1941, foi criado o Sistema Nacional de Educação Sanitária (SNES) órgão responsável na elaboração e supervisão de atividades destinadas a educação sanitária. As atividades de rotina eram a divulgação de educação sanitária com o apoio do Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP).

O SNES apostou em publicações de folhetos, cartilhas ilustrativas, realização de palestras via rádio, conferências em escolas, filmes além da coordenação de propagandas sanitárias. Momento este que a saúde passou a ser vista como uma questão pedagógica.

O conceito principal era a higiene que orientava as políticas contribuindo para práticas preventivas. Passados quase oito décadas desse modelo ora já arquivado, podemos nos submeter à análise criteriosa dessa estratégia em saúde visto a atual e célere pandemia do novo coronavírus e a necessidade obrigatória do convívio com o vírus. 

Estamos vivenciando um novo paradigma. A educação sanitária torna-se fundamental, porque não dizer prioritária. Considerando as diferentes regiões do país com diferenciados perfis demográficos, crenças pessoais, culturais e sociais que influenciam nas escolhas do individuo no seu modo de cuidar de si e da coletividade.

A interiorização dos casos de Covid 19 onde as diferenças sociais são desumanas, em algumas regiões do país observa-se a escassez ou inexistência do alcance a informação e a qualidade com que ela chega.

Manifestam-se questionamentos nesse sentido: De que forma promover saúde a populações que não tem acesso à internet? As estratégias de promoção em saúde precisam está consolidadas em propostas pedagógicas e enfatizadas na atenção primária a saúde para a construção de um pensamento reflexivo e crítico nas populações produzindo dessa forma significado e sentido para as recomendações repetitivas de higienização das mãos, distanciamento social e uso de equipamentos de proteção individual, como máscaras mitigando assim os efeitos drásticos do coronavírus.

*Liziê Franco é sanitarista do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco (HC/UFPE)

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