Por ser dono de um extenso “telhado de vidro” – alguns dizem até que é de fino cristal – o ex-candidato a prefeito, Antônio Campos, deveria ter ficado quietinho após a derrota sofrida no ano passado. Afinal, “cabrito bom não berra”. Mas ao invés de aceitar o massacre imposto pelo voto popular o “irmão de Eduardo” ficou obcecado por “cassar” o mandato do prefeito-eleito ingressando com diversos questionamentos na Justiça Eleitoral, Ministério Público, Polícia Federal, entre outras instituições. Se preocupou tanto com o Professor Lupércio que esqueceu de cuidar de suas contas, que acabam de ser rejeitadas pela Justiça.
O “neto de Arraes” omitiu doações de mais de R$ 600 mil e descumpriu o prazo de envio dos relatórios financeiros de campanha no período estabelecido pela legislação eleitoral. De acordo com a juíza da 117ª Zona Eleitoral, Adrianne Maria Ribeiro de Souza, foram realizadas 16 doações sem que o candidato tenha entregue relatórios financeiros à Justiça Eleitoral até 72h após recebimento.
As doações somam o montante de R$ 613.500,83 e a não entrega do documento no prazo devido foi considerada “uma falha grave” pela juíza. “É oportuno recordar que a prestação de contas fundamenta-se em preceitos da legalidade, transparência, publicidade e veracidade”, alertou a juíza em sua sentença desfavorável a Antônio Campos.
Já na análise preliminar das contas foram detectadas “inconsistências”. O candidato foi intimado e apresentou justificativas, mas mesmo assim o Parecer Técnico Conclusivo da Justiça Eleitoral opinou pela desaprovação das contas.
Para o Ministério Público Eleitoral as irregularidades “violam a transparência e a lisura da prestação de contas e dificultam o efetivo controle, por parte da Justiça Eleitoral, sobre a licitude da movimentação dos recursos, além de denotar possíveis desvios na administração financeira da campanha”.