E a maldade humana realmente não tem limites. Escândalo nacional no ano passado, os episódios de pessoas furadas por agulhas durante o Carnaval, em Olinda e no Recife, voltaram, a se repetir, em 2020. Até o momento, os órgãos de saúde pública registraram mais de 40 casos.
De ontem para hoje subiu de 23 para 41 o número de vítimas. Além do Recife e Olinda, um caso foi registrado em Orobó, no Agreste. Das 41 pessoas notificadas pelo Centro de Informações Estratégicas de Vigilância à Saúde (Cievs), 25 são do sexo feminino e 16 masculino.
De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, após triagem no Hospital Correia Picanço, na Zona Norte do Recife, 33 pacientes realizaram a profilaxia pós-exposição (PeP) para prevenir a infecção pelo HIV e outras doenças.
300 CASOS – Em 2019, cerca de 300 pessoas deram entrada no Hospital Correia Picanço alegando terem sido furadas por seringas durante o Carnaval, mas não houve casos positivos relacionados as agulhadas.
A SES ressalta que os índices de transmissão por meio de picadas com agulhas infectadas são considerados baixos, em média 0,3%. Todos os pacientes também receberam a indicação de procurarem os órgãos policiais para investigação das ocorrências, já que as investidas podem ser tipificadas como crime.
No ano passado, de todos os casos relatados, apenas duas pessoas prestaram depoimentos à polícia. Retratos falados foram feitos, diligências, análise de imagens, mas os inquéritos não identificaram suspeitos.