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A PÁSCOA CRISTÃ NÃO TEM COELHINHO

Se você é cristão e está comemorando a Páscoa é melhor esquecer os ovos e o coelhinho de chocolate. Estes símbolos não têm nada a ver com o verdadeiro significado da festa que lembra (ou deveria lembrar) o martírio ao qual Jesus Cristo foi submetido a fim de cumprir o sacrifício pelo qual seria concretizado o Plano de Salvação Eterna para a humanidade. A Páscoa (passagem) simboliza a libertação que, por meio do sacrifício do Messias, foi proporcionada ao homem, além da vitória da vida (ressurreição de Cristo) sobre a morte. Estes são alguns dos significados da festa para os cristãos católicos e evangélicos.

Os ovos e o coelho na verdade são símbolos de festas pagãs europeias surgidas por volta dos anos 400 Depois de Cristo (DC) que terminaram sendo incorporados ao longo do tempo à Páscoa cristã, além dos interesses comerciais. Povos germânicos cultuavam uma deusa chamada Ostera, considerada a divindade da primavera. Como culto a essa deusa, esses povos passaram a praticar a entrega dos ovos como presentes quando se iniciava a primavera.

Na Europa quando surge a estação das flores, após o inverno rigoroso, fica evidente a exuberância da flora, que, por sua vez, atrai os animais para os ciclos de reprodução. A festa da troca dos ovos ocorria durante o equinócio de primavera, entre março e abril. Neste período os coelhos reproduziam-se. Por essa razão o animal também passou a estar associado à deusa Ostera.

Com a expansão do cristianismo para a Europa a Páscoa passou a ser comemorada no equinócio de primavera. Com essa assimilação, os símbolos e os ritos antes associados à Deusa da Primavera passaram, aos poucos, a serem associados à festa da ressurreição de Cristo.

JUDEUS – Entre os judeus a Páscoa marca o êxodo (saída/libertação) do Egito, onde foram escravizados por cerca de 400 anos. A Páscoa Judaica também está relacionada com a passagem pelo Mar Vermelho, onde liderados por Moisés, fugiram do Egito rumo à “Terra Prometida”. Nesta data, os judeus fazem e comem o matzá (pão sem fermento) para lembrar a rápida fuga do Egito, quando não sobrou tempo para fermentar o pão.

Ou seja; a Páscoa tanto para cristãos como para judeus é um momento de reflexão e sacrifício, ao contrário do que se propaga pelo comércio do doce chocolate. Então é bom pensar sobre o real significado da festa e quando comer seu ovinho de chocolate saiba que ele não representa o verdadeiro sentido da festa.

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